Cashback Tributário: entenda o mecanismo de devolução de impostos para consumidores de baixa renda

A Reforma Tributária aprovada em 2023 e regulamentada em 2025 trouxe diversas mudanças para o sistema fiscal brasileiro — e uma das inovações mais relevantes é o cashback tributário.

Esse mecanismo promete tornar o sistema mais justo, ao devolver parte dos impostos pagos no consumo para as famílias de baixa renda. Mas como ele funciona na prática? Quais são os critérios? E o que as empresas precisam saber?

Neste artigo, explicamos de forma clara como funciona o cashback tributário, seus benefícios e o que muda para quem vende e para quem consome.

O que é o cashback tributário?

O cashback tributário é um mecanismo de devolução parcial de impostos pagos pelo consumidor final, focado em pessoas com menor poder aquisitivo.

A ideia é mitigar os efeitos regressivos da tributação indireta sobre o consumo — já que, atualmente, os mais pobres pagam proporcionalmente mais tributos do que os mais ricos.

Com a reforma, a devolução de parte do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) será feita automaticamente para consumidores elegíveis, conforme os critérios definidos em regulamentação específica.

Como vai funcionar?

O processo ainda depende de regulamentação detalhada por meio de lei complementar, mas as diretrizes gerais já estão definidas:

A devolução será calculada com base no CPF do consumidor, atrelado à nota fiscal eletrônica de compra.
A Receita ou o órgão gestor do imposto poderá usar cadastros sociais (como CadÚnico) para identificar os beneficiários.
A devolução poderá ser feita por meio de créditos em contas bancárias, carteiras digitais ou mesmo abatimentos futuros.

Ou seja, quanto mais formal e documentada for a compra, mais transparente será o processo de devolução.

Quem terá direito ao cashback?

A proposta foca na população de baixa renda, especialmente:

Inscritos no CadÚnico;
Beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família;
Famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa.

Ainda há espaço para ajustes, mas o objetivo é criar um sistema automatizado, que beneficie milhões de brasileiros de forma contínua.

Por que isso importa para as empresas?

Empresas que atuam no varejo ou prestam serviços diretamente ao consumidor final precisam estar atentas:

Notas fiscais completas e com CPF do consumidor passarão a ser exigência recorrente.
Sistemas de gestão e emissão fiscal devem estar preparados para se integrar com as bases de dados da Receita.
Empresas que ignorarem esse movimento podem sofrer perda de competitividade frente às que forem mais transparentes e aderentes.

Além disso, quem vende para públicos de baixa renda pode ver aumento na fidelização — já que o cashback se torna um atrativo financeiro legítimo.

Quais setores serão mais impactados?

  • Varejo alimentar
  • Farmácias e drogarias
  • Serviços essenciais, como energia, telecom e transporte
  • Educação básica e itens de primeira necessidade

Esses setores tendem a ter grande volume de vendas a consumidores de baixa renda e deverão adaptar seus sistemas com mais rapidez.

Conclusão: cashback tributário é justiça fiscal — e também inovação

O cashback tributário é mais do que uma medida social: é uma mudança estrutural no modelo de arrecadação, que exige preparo técnico e visão estratégica por parte das empresas.

Na Exacon, acompanhamos de perto cada fase da regulamentação e orientamos nossos clientes para estarem sempre um passo à frente — tanto em compliance quanto em oportunidades.

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